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“A Princípio digo, sou IMPERFEITO”

Escrito por: Me. Ricardo Dias

Ponte vermelha no Dragão do Mar

Unsplash

Publicado em: 29/09/2024 às 20:58

Atualizado em: 29/09/2024 às 20:58

Convido todos a descerem para a arena das contratações públicas e sentirem um pouco do calor diário em se apagar incêndios permanentemente.

Combater incêndios administrativos diariamente é o que fazemos e ouço sempre de colegas de “chão de fábrica”. Há um hiato gigante entre o teórico e a realidade, muitas vezes cruel, que nos é imposta.

Por trás de quase toda essa desarrumação temos um vilão, digo uma força quase que igual a NORMAL da física.

A entidade desalmada que não conseguimos atender é o PLANEJAMENTO.

E por que não conseguimos PLANEJAR?

Quem atua como agente que vivencia na pele esses desafios cotidianos sabe onde a “cordaa aperta” e o problema reside.

No serviço público a roda da engrenagem é a pressão cotidiana.

A cultura do planejamento nunca foi verdadeiramente adotada pela administração pública e sua referência representa apenas o desejo platônico de alguns sonhadores de um serviço público eficiente e efetivo. É algo visivelmente inalcançável para a maioria dos envolvidos no trato diário das contratações públicas.

Identificar as possíveis causas que nos levam ao ciclo vicioso das más contratações públicas é necessário para mudar o cenário que vivemos, pois, ao NÃO planejar, ➡ Selecionamos mal nossos fornecedores, e ➡ Consequentemente executamos de forma desastrosa nossos contratos.

A cultura do planejamento jamais foi prioridade. A Alta Gestão, com raras exceções, nunca deu condições perenes para uma boa governança e o consequente PLANEJAMENTO.

Um grande passo dado e esperança lançada nesse mar de escuridão foi a inclusão (poder-dever) do Plano de Contratações Anual como instrumento objetivo de Planejamento.

Poderemos agora dizer, pelo menos minimamente, que há condições para que ocorra elos entre as compras públicas e as outras peças de planejamento já consolidadas, como por exemplo, a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Por fim, praticar também é preciso e tornar o Plano de Contratações Anual uma realidade fora do papel é uma meta a ser perseguida e esforços reais devem ser colocados em prática.

De instrumentos de ficção já estamos cheios na área do planejamento!