Capacitação é investimento e não despesa na administração pública
Escrito por: Prof. Me. Ricardo Dias
Imagem com desenho esquemático e ilustrativo de uma sala de aula
Publicado em: 21/11/2024 às 22:27
Atualizado em: 21/11/2024 às 22:32
Temos que ter uma visão estratégica sobre a formação e qualificação dos agentes públicos. Vejamos quatro pontos fundamentais nessa discussão:
1) Capacitação como investimento
Considerar capacitação um investimento implica reconhecê-la como uma ação que gera retorno ao longo do tempo, seja na melhoria dos serviços prestados, na otimização de recursos ou no aumento da eficiência administrativa. Ao investir em capacitação, a administração pública não apenas melhora a qualidade técnica de seus agentes públicos, mas também contribui para a modernização de processos e atendimento às demandas da sociedade.
2) Capacitar não é uma simples despesa ou gasto público
O uso da expressão: “simples despesa ou gasto” contrasta com a ideia de algo sem retorno evidente ou de curto prazo. Muitas vezes, despesas na administração pública são vistas como obrigatórias e sem impactos significativos, enquanto a palavra “gasto” pode sugerir algo supérfluo. Colocar a capacitação fora dessas categorias enfatiza que ela não deve ser encarada como um custo a ser minimizado, mas como um elemento estratégico para resultados a longo prazo.
3) Tornando a Administração pública mais eficiente
Na gestão pública, há restrições orçamentárias e pressões para a economicidade. No entanto, ao priorizar capacitação, cria-se uma administração mais competente, que reduz desperdícios e toma decisões mais informadas. Isso contribui para a percepção de que o dinheiro público está sendo bem utilizado.
4) Impactos práticos do investimento em capacitação
I) Eficiência: Redução de retrabalho e aprimoramento de processos e procedimentos. Soluções eficazes são aquelas que não só resolvem questões imediatas, mas também previnem problemas futuros e demonstram capacidade técnica e responsabilidade;
II) Inovação: Introdução de novas práticas que modernizam à administração pública e beneficiam a sociedade por meio da implementação de políticas públicas efetivas;
III) Transparência: Agentes públicos capacitados tendem a ser mais conscientes sobre a importância da boa gestão, da instrumentalização da governança e da prestação de contas;
VI) Satisfação da população: Melhor atendimento e soluções eficazes reforçam a confiança no setor público. Essa satisfação que é medida pelo bem-estar e a experiência dos cidadãos, está diretamente ligada à qualidade dos serviços públicos prestados e à capacidade das instituições em atender às necessidades da sociedade. Um atendimento de qualidade é um dos pilares para criar uma relação de confiança entre o governo e os cidadãos.
Em resumo, a frase “Capacitação é investimento e não despesa na administração pública”, serve como um lembrete para gestores públicos de que investir no desenvolvimento humano por meio de capacitações e treinamentos é essencial para alcançar uma administração mais eficaz, eficiente, efetiva, ética e voltada para os cidadãos.
“Serra de Maranguape, pense num lugar bom!”